Fioretto TITOLO

Os florilégios da vida religiosa – 9

No dia da profissão de duas irmãs, 10 de fevereiro de 1866, a Madre Corretora pediu à Irmã Filomena de dirigir uma palavra de edificação à Comunidade. Pedindo antes desculpas, com verdadeira humildade por sua incapacidade, com espírito de obediência, ela fez seu discurso inteiramente focado na Paixão de Jesus: um mistério que ela não simplesmente meditou muitas vezes, mas penetrou com todo o seu ser. Ao falar sobre isso, ela foi tão envolvente que causou emoção geral.

Outra vez, porém, tendo que ler a meditação, mas não tendo a mão o livro, que naquele momento não sabia onde estava, para não deixar as irmãs esperando, com muita facilidade, pegando o manual de visitas ao Santíssimo Sacramento, simulou que lia algumas páginas. Ela fazia uma meditação, nem faz falta dizer, sobre a Paixão de Nosso Senhor, e sua fala era tão fluida, tão exata e devota que ninguém podia notar que ela não estava lendo: ninguém, exceto a irmã que estava ao seu lado, que não podia deixar de notar que não havia naquele livro nada do que Irmã Filomena fingia ler…

E enquanto aquela irmã perplexa olhava com admiração para a Ferrer, as outras irmãs sentiam-se movidas a uma grande devoção e amor ao Senhor. Não sabemos se, posteriormente, alguém lhe pediu de poder ler o livro que ela leu. Se isso tivesse acontecido, não sabemos como ela teria explicado à irmã que aquele livro era seu coração?!

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